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À morte ninguém escapa mas hei-de escapar eu


Quando era pequena o meu avô - que sempre foi o cozinheiro mas também o homem ponto e encenador de teatro, ensinou-me uma lengalenga que eu mal ou bem pronunciava para qualquer público que me fizesse o jeito.

Talvez conheças, assim era:

À morte ninguém escapa

Nem o rei, nem o bispo, nem o papa,

Mas hei-de escapar eu:

Compro uma panela

que me custa um vintém

Meto-me dentro dela

E tapo-me muito bem...

Vem a morte e diz:

- Hmmm, aqui não há ninguém!

Boas noites, meus senhores,

Passem por cá muito bem...

Neste tom de brincadeira e desdenha à morte, no meu imaginário infantil que ainda hoje enquanto adulta me acompanha, sempre que a dizia imaginava cada frase a cores:

Uma morte de forca na mão com vestes pretas arrastadas sem que lhe deixassem ver o rosto. Quase sem tocar no chão entraria na mesma sala onde eu estava - uma ainda pequena Joana que com ar de esperta corria antes da sua sombra e penumbra para assim pegar em bicos de pés na maior panela sobre a alta mesa de madeira. Isto para rapidamente se enfiar dentro dela, caladinha que nem um rato pronta para enganar a morte. Que felicidade, rir assim da morte!

Espero continuar a enganar a morte por muitos muitos mais anos. Mas também espero bafejar saúde para assim me continuar a ver livre dela.

E tu já escapaste à morte? Talvez todos os dias.

Conheces alguém que seja uma inspiração a fazer valer esta lengalenga?

Partilha comigo, aposto que seriam mais potenciais Solo Adventurers e eu teria todo o gosto em contar a sua história. Como? Vê aqui.

Boas aventuras,

Solo Adventurer Joana

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