A Ana Cristina é das palavras, das frames em curtas ou longas metragens e dos recortes de revista colados em jeito de obras de arte. É também do contar de histórias, dos sorrisos e da partida. Ela gosta de partir sem aviso assim como de viver. Eu gosto dela por ser genuína e transmitir criatividade juntamente com boas energias. Conhece qual a sua paixão através de parte da sua história.
-Sinopse de uma amizade-
Conheci esta Solo Adventurer à mesa de trabalho numa aventura laboral chamada Zomato (aproveito para salientar o quão fantásticos são e como estão a transformar a forma como valorizamos as experiências à volta da mesa dos restaurantes, espreita a App). Entre conversas de almoço e idas para eventos logo percebi que ela era uma "das minhas". Agora quero que fiques à vontade e sintas a Ana como uma "das tuas". Ela é uma fixe! Se quiseres ser snob traduzo para "cool".
-Sinopse sobre a Ana-
Se um dia conheceres ou já conheces a Ana vais sentir uma vibe de artsy e dorky girl no sentido mais espetacular das palavras. Mas o que quer isto dizer? Uma nerd, inteligente, cativante e artística!
Ela é a maga do social no que diz respeito a redes sociais e marketing digital. Com este início de descrição não parece que a tenho no meu top? Acho que já chega de elogios e vamos passar para uma escrita de fatos sem (tanta) pieguice.
Ana Cristina nasceu do berço da Margem Sul do Tejo a 1991 (melhor ano de sempre - esta foi com cunha).
No que diz respeito aos estudos é licenciada e mestre em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. No campo profissional leva várias horas de experiência na criação de conteúdos, tantas que já digita com as pontas dos dedos sobre o teclado ao nível do Chuck Norris (ou seja level 269469830920). Por onde tem teclado? Para além da Zomato, passou pela Spark Arts Consulting, Gato Escaldado, Op., Minly Education - China Translation Corporation, Madde Comunicação e Emergency Agency.
Descobri que gosta do diretor e produtor cinematográfico Alfred Hitchcook (eu não disse que ela era awesome?!) e de bastante cinema com ou sem ele. Nas suas atividades diárias constam a leitura em papel ou através do scroll no telemóvel.
Mas sendo ela produtora de conteúdos acham que iríamos ficar sem ler o seu conteúdo, ainda por mais sobre ela própria?
"Um pouco sobre mim
Todos somos viajantes do tempo, das nossas próprias vidas e de um mundo que se abre perante nós.
Desde nova, desde sempre… foram as histórias, sempre as histórias e as palavras.
Sempre tive uma paixão natural pela a arte e pelas palavras. Tudo o que é expressão humana, portanto. Na escola, reservada e atenta, desenhava ou escrevia. Ouvia, sobretudo. Gosto muito de ouvir os outros. Observar os seus gestos sinuosos, o modo como enrolam as palavras sobre a língua e a forma como as expelem, numa entoação única. Sem perceber bem porquê, tinha poemas lidos em voz alta por professores nas aulas ou então desenhos que se deixavam ficar pelas paredes, para mostrar aos alunos dos anos seguintes. De poucas palavras, na minha cabeça havia vozes gritantes. Lia e relia pilhas de livros que me davam vontade de escrever também. Lia com os olhos, com o coração, com tudo.
Desde cedo quis seguir a via artística – sonhava com design, fotografia ou pintura. Em casa, dava dores de cabeça aos pais com o rasto de pedaços de revistas, tintas e cola acrílica que deixava para trás para fazer colagens ou desenhos. No entanto, foi em Humanidades que encontrei voz e expressão- através das palavras. Sempre curiosa, mas muito indecisa, por conselho alheio ingressei em Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa. Resultou, porque também sempre tive em mim uma veia de “faz tudo”.
Durante o curso, veio a sede pelo jornalismo, pelo cinema, pela arte e pela filosofia. Houve a procura de fazer acontecer palestras e ainda a participação em alguns projetos cinematográficos e curtas metragens com colegas e amigos. Veio o gosto pelo estudo aprofundado, pela investigação, pela oratória e exercícios de pensamento, que se formalizou na escrita de uma tese de mestrado sobre a Arte no Digital, que me levou a ser oradora no Post Screen: International Festival of Art, New Media and Cybercultures, na Faculdade de Belas Artes de Lisboa, em 2013. Com um pé na academia e outro no jornalismo digital, estava dividida.
Depois de terminar o mestrado, sentia que devia explorar o mundo e afastar-me das lides do abstrato. Sem nunca afastar o meu gosto pela arte - “salvem-me de números e cálculos quantitativos!” pensava, na altura -, passei pelo jornalismo cultural e de música, na Revista Arte Sonora e através de pequenas críticas que escrevia para a revista online Op. Passei ainda pelos primórdios do que ainda na altura não era ainda bem uma profissão a sério: Social Media management, na Spark Arts Consulting – uma consultoria para o meio artístico. Foi a partir daqui que o digital storytelling ficou em mim e nunca mais saiu. Mas não me sentia completa.
Para abafar o ruído e procurar as palavras que realmente importam para mim, em 2015, numa busca de libertação e descoberta pessoal, decidi partir para o outro lado do mundo. Quem me conhece, sabe que sou assim. Parto sem aviso, sem hesitar e quando é preciso.
Através do plano de estágios profissionais da AIESEC da Universidade Nova, parti completamente às cegas para um país onde apenas conhecia as palavras “Olá” e “Obrigada”: a China. Durante um ano tive a sorte de descobrir uma parte de mim que ainda não tinha encontrado: o prazer de ensinar Inglês a crianças, jovens e adultos. As palavras voltaram a ser-me úteis. Melhor ainda! Eram o meu meio de trabalho!
A passagem direta de conhecimento, o prazer que via nos outros ao expressarem o que mais gostam numa língua nova… Conhecimento é poder e empatia e eu sentia que estava a fazer a diferença. O mundo é pequeno – só se torna maior quando não sabemos comunicar eficientemente.
Depois de um ano muito rico em autoconhecimento e de volta a Portugal, caí na “realidade dura” de que, para continuar a trabalhar com palavras, conteúdo e storytelling, teria de fazer cedências. Então, cedi as minhas palavras às marcas. Para evoluir profissionalmente e interligar todas as áreas de conhecimento entreguei-me ao mundo do marketing de agência. Passei por duas agências de comunicação onde trabalhei criativamente vários clientes do mercado português, sempre com maior foco no digital, nas redes sociais e no copywriting.
Hoje, sou Features Writer na Zomato e faço corte e costura para contar histórias com tudo o que é linguagem: da palavra, ao link, do botão, ao email, do “like” ao “share” para ajudar os portugueses a encontrar as suas próximas experiências gastronómicas e para que possam, eles mesmos, usar a palavra para as contar.
Não sei o que reserva o futuro, mas sei que ainda há muitas histórias por contar, por escrever, por mostrar… Com propósito, com humanidade. Quando chegar o meu momento de contribuir, hei de partir e agarrar o desafio. Quem me conhece, sabe que sou assim."
-Lições de Vida na primeira pessoa-
da Ana para nós
1. Sê honesto para contigo próprio e aceita-te: não cedas a pressões exteriores para seres, pareceres ou corresponderes a uma ideia pré-concebida de alguém. Lembra-te que se estás a fazer algo para agradar a alguém ou para ouvires um “sim”, é porque essa ideia ou projeção falsa beneficia mais essa pessoa do que a ti próprio. Utiliza as redes sociais e a tecnologia com distância emocional e razão – podem ser uma prisão ou a tua melhor ferramenta para inspiração! Tu escolhes.
2. Cada um experiência uma viagem diferente: depois de muitas viagens, na Ásia e na Europa, apercebi-me de que todos procuramos algo semelhante. Todos queremos partilhar, ser ouvidos, viver felizes, seja qual for a religião, a língua ou a cultura. Sê paciente contigo próprio e com os outros. Não te fiques pela tolerância. Entra na pele do outro e tenta ver através dos seus olhos. Todos estamos em viagem e passamos pelo sítio certo, à hora certa.
3. Se te sentes desanimado ou “vencido”, faz perguntas a ti mesmo: Porque te sentes assim? O que te falta neste momento ou aos que te rodeiam? Aprende a estar contigo próprio, na solidão, antes de estares com a multidão que é “o outro”. Viajar sozinho ou explorar um novo talento por ti é verdadeiramente enriquecedor. Procura o autoconhecimento, descobre o teu ritmo, as tuas paixões e apaixona-te por ti primeiro. Amar os outros vai ser mais fácil depois.
4. Nada fica na mesma, tudo muda:
“Merry-go-round”, assim é o mundo que nos rodeia. Agarra-te bem e “enjoy the ride”, sem medos. Onde quer que estejas na tua vida, só há uma certeza absoluta: nada vai ser igual daqui para a frente. Por isso, deixa certezas e demagogias no banco de trás, porque também elas vão deixar de o ser antes que te apercebas.
5. Em caso de dúvida, escolhe ser gentil:
Em qualquer parte do mundo, onde quer que estejas, é a dar a mão ao outro que se constrói algo com sentido. Não falo de espalhar sorrisos, como tanto gostamos de fazer no ocidente, nem de simpatias e cortesias. Falo de corações abertos e olhares que vêm do fundo, de igual para igual. Aquele que diz “Vamos a isto?”, como se jogássemos todos na mesma equipa. Juntos, não temos nada a perder. Sê gentil, constrói algo por onde quer que passes e vê como o mundo se abre para ti.
Boas Aventuras,
Solo Adventurers Joana & Ana Cristina Pereira
Sugestões de cabeceira
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