Não é novidade que vivemos numa sociedade de dinâmica e rapidez. Queremos tudo feito para ontem e dependemos dos certinhos nas nossas checklists. Embora o dia tenha apenas 24 horas, muitos de nós vemos o tempo a passar-nos por entre os dedos. E com a incapacidade de o controlar, surgem muitas situações de stress e ansiedade.
A par desta situação, creio que não haja alguém que não conhece quem beba, pelo menos, um café diariamente. Mas estará o consumo de café relacionado com a ansiedade que sentimos?
Seja por hábito ou necessidade, um estudo recente vem apresentar-nos que mais de 40% dos portugueses tomam dois cafés por dia. Se isto não chegasse para verificar que os portugueses são como que movidos a cafeína, a mesma sondagem conclui que mais de 22% da população toma, diariamente, entre três a cinco cafés por dia. Destes, quase 60% bebem café ao acordar.
Apesar de estar bastante normalizado, o café é uma bebida estimulante, uma vez que contém cafeína. Esta substância é uma toxina que, de forma semelhante à nicotina ou à cocaína, estimula o nosso cérebro. Esta estimulação é feita através do bloqueio dos neuro recetores de adenosina (o químico do sono). Mas não fica por aqui.
Quando consumido em maior quantidade, o café tem o poder de estimular também o sistema nervoso central, o que poderá ter repercussões na ansiedade que sentimos. Isto acontece porque o café vai aumentar a produção e adrenalina e cortisol no nosso corpo. Então, quando abusamos na quantidade de café, podemos presenciar sintomas como o aumento de stress, irritabilidade, taquicardia, entre outros.
No entanto, é importante deixar claro que a “quantidade ideal” de café é bastante pessoal e vai depender de fatores com a idade, o género, o estilo de vida e dieta. Assim, se realmente não prescindirmos de um cafezinho, devemos procurar estabelecer um equilíbrio entre o seu consumo e o excesso.
Vemo-nos no próximo nível?
Beatriz Bernardo
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