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Foto do escritorPatricia Peres

Top falhanços na vida

Errar, do latim Errare, é definido no dicionário como andar ao acaso, vaguear, circular, espalhar-se, ir por um caminho errado. Mas o que de facto significa errar? Esse conceito é subjectivo e varia de pessoa para pessoa estando condicionado às experiências sociais e culturais de cada um. É inegável que todos nós já errámos em algum momento da vida, e muitas vezes são nesses momentos que aprendemos mais sobre nós mesmos e sobre a vida.


O acto de errar, embora seja um processo doloroso, traz consigo uma oportunidade de transformação e introspecção. Embora desde cedo nos tenham ensinado que errar deve ser evitado a todo custo, pesquisas mostram que quanto mais erramos, maiores são as oportunidades de acertarmos no futuro. Cada erro proporciona-nos maior conhecimento e competências, aumentando a nossa probabilidade de sucesso quando situações semelhantes surgirem.



Principais falhanços na Vida

 

Aqui estão alguns dos falhanços mais comuns que muitos enfrentam ao longo da vida:

 

  • Não seguir a paixão: Trabalhar em algo que não se ama muitas vezes leva à insatisfação e ao arrependimento;

  • Desvalorizar a saúde: Colocar a saúde em segundo plano é um erro que pode resultar em problemas físicos e mentais a longo prazo;

  • Deixar de investir em relacionamentos: Negligenciar amigos e família pode levar a sentimentos de abandono e solidão;

  • Medo de arriscar: Evitar oportunidades por receio de falhar, limita o crescimento pessoal e profissional;

  • Ausência de planeamento financeiro: A falta de conhecimento e mesmo a ausência de uma correcta administração das finanças pode resultar em dívidas e stress;

  • Desperdiçar tempo: Focar em actividades pouco produtivas pode levar à frustração e à sensação de estagnação;

  • Evitar feedback: Ignorar feedback, principalmente o construtivo, pode impedir o desenvolvimento e a melhoria pessoal;

  • Procrastinação: Adiar tarefas importantes pode causar stress e perda de oportunidades;

  • Resistir à mudança: Negar a necessidade de adaptação pode levar à estagnação e arrependimento;

  • Não aprender com os erros: Repetir os mesmos erros sem reflexão pode resultar num ciclo contínuo de falhas;


A Solo Adventures foi oradora no evento “Fail Knight” na cidade de Tomar em parceria com o espaço de coworking Officio. Os oradores tiveram a oportunidade de partilhar, de forma informal os seus falhanços e como os superaram.

 

Aqui estão alguns dos falhanços recebidos anonimamente:


  • Roubei comida a uma grávida a achar que era uma amiga minha. FAIL!!!

  • O meu maior falhanço foi ter-me permitido viver um relacionamento abusivo. Sofri agressões físicas, psicológicas e patrimoniais. Jamais me permitirei sentir essa dor novamente;

  • Na cozinha: já arruinei vários pratos porque em vez de usar canela, usei noz moscada;

  • Quando dás medicamentos a cães ou gatos com comida húmida. O comprimido está lá dentro, miscroscopicamente escondido. Eles cospem o comprimido na tua cara e comem a comida. Fácil.

  • Desvalorizar-me apesar de saber que tenho capacidades de o fazer - Aceitar fazer algo / aceitar um trabalho apesar de saber que está a atrasar a minha vida (por pensar que vai acrescentar no futuro);

  • O meu casamento que acabou em divórcio. Abertura do meu próprio que não resultou;

  • Tentei salvar uma pessoa cega de cair no fosso do metro, entre a plataforma e a carruagem, mas que estava apenas a tentar entrar na carruagem ao lado;

  • Investir tempo e dinheiro numa carreira que não me realizava. Dediquei anos da minha vida a um caminho profissional que, no fim das contas, não me trazia alegria ou realização;

  • Partilho o falhanço de uma amiga: num carro a gasóleo abasteceu gasolina!!!

  • Falta de coragem para largar o emprego estável com remuneração garantida e abraçar uma paixão, um projeto individual;


Os falhanços são parte essencial da vida e do crescimento pessoal. Cada um deles traz lições importantes que podem moldar o nosso futuro e nos tornar mais fortes. Em vez de termos receio do erro, devemos acolhê-lo como uma oportunidade de aprendizado e autodescoberta.



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Boas aventuras,

Patrícia Peres



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