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Magda Estrela, a mulher do norte com sotaque brasileiro

Atualizado: 27 de jun. de 2021


Há quem troque um país por outro e há quem abrace um novo país para nele encontrar o amor. Esta história não é um romance mas também podia ser. Não é uma tragédia porque a protagonista é feliz. Não é uma sátira porque é verdadeira a ela própria. Esta história conta um pouco da nossa e de como a vida tem formas de nos encaminhar para o onde nos esperam. Esta é a história da Magda.

Sinopse de como nos conhecemos

A Magda era para mim a amiga do meu namorado com quem ele tinha feito intercâmbio no Brasil há uns bons anos atrás. Tinha decorado o dia e a hora a que chegava e onde nos devíamos encontrar para a receber por uns dias. Conheci-a e na minha memória ficaram de imediato o largo sorriso e a pronúncia que nos faz jogar às advinhas mentais por carregar nas palavras muitos locais. A Magda foi mais uma boa surpresa no meu caminho. As pessoas têm esse dom de nos surpreender e ela tem vários (bons dons) que vais gostar de ler.

Sinopse sobre a Magda

De seu nome completo Magda Estrela Oliveira Rodrigues, de nascimento tem o Porto no berço e outubro de 1991 gravado na certidão. Encanta-lhe a ciência, geologia e natureza. É uma “pessoa feliz e que gosta (muito!) de falar” e como tal a dança, a música, o cinema e as viagens que a fazem conhecer a cultura e gastronomia do mundo são elementos que contribuem para essa forma de ser.

Cresceu na cidade de Espinho por onde estudou, foi bailarina e escoteira. Sempre desejou desbravar o mundo, “viajar e conhecer novas realidades”, os seus pais apostaram nessa veia e possibilitaram-lhe as ferramentas necessárias, uma delas a de frequentar o instituto de inglês. Foi essa mesma oportunidade que a levou para algumas cidades europeias fomentando-lhe a apetite de viajar e um desejo em particular: antes de ir para a faculdade já ela sonhava em fazer um programa de intercâmbio internacional.

Passemos esta história para uma viagem que tem Espinho na partida e o Porto como plataforma intermodal...

Quantas geólogas conheceste na vida? Podes agora acrescentar a essa lista uma. A Magda licenciou-se em Geologia pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e foi durante esse período que surgiu a oportunidade de fazer Erasmus. Não adorou as opções de destino que existiam o que a levou a outros programas de intercâmbio dentro da faculdade – este momento parece irrelevante mas foi o momento que lhe ditou, sem saber, o seu caminho.

Do Porto voou para o outro lado do Oceano Atlântico...

O Brasil surgiu entre as opções de intercâmbio, apesar de nunca ter pensado muito nessa possibilidade decidiu arriscar pois pensou que sendo um país muito grande teria “muita geologia para ser explorada”. Durante 6 meses viveu em Natal, no nordeste brasileiro, estudando na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Arriscou completamente sozinha consciente da adaptação inicial necessária. Com o passar do tempo tudo foi ficando mais fácil e em bom: “graças a muitas pessoas maravilhosas que se cruzaram no meu caminho, o meu intercâmbio foi uma experiência muito boa, onde cresci e aprendi muitas coisas novas e onde me apaixonei pelo Brasil e pelas suas belezas naturais”.

Durante cerca de 180 dias deixou-se encantar. Nos restantes mais 180 terminou a sua licenciatura em Portugal e planeou a sua volta ao Brasil. Decidiu continuar os seus estudos e ingressar em mestrado na mesma cidade brasileira que se tornou a sua Natal.

Essa decisão fez com que se cruza-se com mais uma mudança que ela nem sabia que estaria no seu futuro. Durante o mestrado conheceu o Lucas, um carioca de São Paulo, que partilhava o amor pelas viagens e com ele foi conhecer melhor a América do Sul. Hoje em dia esse “garoto”, um carioca do Rio de Janeiro, é o seu marido e continuam a partilhar não só o gosto de viajar mas a vida.

Atualmente encontrarás a Magda entre São Paulo onde vive, a Universidade de Brasília onde faz o seu doutoramento e a zona do Porto quando vem visitar parte da família.

 

Lições de Vida

- da Magda para nós –

1. Na vida só teremos poucos verdadeiros amigos

Sim, isto sempre foi uma coisa que os meus pais me disseram, mas que eu não entendia muito bem. Sempre achei que todos os meus colegas era meus amigos, mas isso não é assim. Hoje sei quem são aqueles amigos com quem posso contar e acho que o meu percurso me levou a conhecer as melhores pessoas.

2. Conhecer novas realidades faz-nos crescer

Sem dúvida ter vivido numa realidade diferente da que estava habituada me levou a refletir e entender algumas coisas sobre as quais por vezes ou nem tinha opinião, ou tinha uma opinião diferente.

3. Nunca é tarde para aprender coisas novas

Durante o meu percurso académico, tive de aprender coisas que não sabia fazer poder resolver algum problema ou até para poder ajudar alguém com alguma dúvida. Acho que isso se pode aplicar a qualquer coisa para poder resolver, seja uma coisa que se tenha de aprender por necessidade ou somente porque se quer.

4. Entender o que realmente importa

Nem sempre é tão simples. Acho que me apercebi disso quando voltei do intercâmbio e quando fui deparada com a minha antiga realidade. Alguns assuntos que em tempos me preocupavam e me tiravam a paz, não interessavam tanto assim.

5. Tudo vai dar certo

Acho que isto às vezes esta atitude positiva ainda pode ser complicada de implementar no dia a dia, mas sem dúvida que foi uma coisa que aprendi com a positividade brasileira: que no final tudo dá certo.

 


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Boas Aventuras,

Joana Feliciano & Magda Estrela

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