No dia 2 de junho, a fundadora da Solo Adventures, Joana Feliciano, partilhou a sua missão com Diana Duarte no programa “A minha geração”.
Este programa pretende dar voz a jovens, homens e mulheres, que enfrentam um mundo cheio de dúvidas, preocupações e ideias inovadoras.
A minha geração
Joana Feliciano não é apenas a fundadora da Solo Adventures. Ela também ocupa o cargo de responsável de comunicação e marketing da Portugal com ACNUR, Agência da ONU para os Refugiados.
Durante a conversa, em tom descontraído, Joana abordou questões fundamentais sobre emergências humanitárias e voluntariado.
Emergências humanitárias
A fundadora da Solo Adventures explicou de forma clara o que significa ser um refugiado: alguém que é forçado a deixar a sua casa e o seu país por motivos de força maior, seja devido a alterações climáticas, guerras ou conflitos armados. Atualmente, estima-se que mais de 120 milhões de pessoas no mundo são obrigadas a abandonar as suas vidas à procura da segurança.
Nota-se, realmente, um aumento alarmante em comparação com os 103 milhões estimados em 2022.
A solução duradoura para estas pessoas é encontrar a segurança, um novo trabalho e reunir as condições necessárias para viver no novo país que as acolheu. Doar é uma forma importante de ajudar. Para tal é necessário enfatizar a importância da educação e da informação no momento da escolha da organização à qual se pretende doar.
Investir em organizações humanitárias é apostar na esperança de que algo será transformado no terreno, onde as necessidades reais das pessoas são conhecidas.
Voluntariado: um apelo à ação
Portugal tem uma das taxas mais baixas de voluntariado na Europa, com apenas 6% de participação. Joana, porém, é uma exceção inspiradora. A sua jornada no voluntariado começou com a sua observação das injustiças no mundo, levando-a a tornar-se numa “Sonhadora Praticante”.
Ser uma Sonhadora Praticante, Joana afirma à “minha geração”, é remar contra a maré e colocar em prática as suas inquietações. A associação fundada por si, Solo Adventures, ajuda pessoas a realizarem os seus propósitos no mundo, guiando-as nos seus projetos de vida.
Missões em São Tomé e Grécia
A Sonhadora Praticante encontrou em São Tomé uma sociedade cheia de desafios. Entre as emergências mais urgentes estão as desigualdades de género, numa sociedade ainda muito machista.
A sua missão em São Tomé foi levar o conhecimento e ferramentas para as comunidades mais isoladas, mostrando também como as organizações agem no terreno.
Já na Grécia, perto de Atenas, as preocupações eram as mulheres e crianças, onde o propósito era garantir espaços seguros e estimular as crianças. Ela destaca que as mulheres e meninas são as mais vulneráveis em contexto de fuga, enfrentando não apenas questões de saúde, mas também um elevado risco de assédio.
A coragem de ser vulnerável
Joana projeta as vozes dos mais vulneráveis através do seu trabalho, acreditando firmemente que tem um papel ativo na construção de um mundo melhor.
A sua missão é simples: empoderar pessoas e empresas, tornando-as mais felizes e justas. E tu, o que estás disposto a fazer?
A vulnerabilidade é um ato de coragem.
Uma mensagem. Uma esperança
Urge a necessidade de reconstruir o tecido social, promover a aceitação das diferenças e fortalecer os vínculos sociais necessários para uma convivência pacifica e justa.
Seja mediante doações, voluntariado ou simplesmente mudando a mentalidade, todos podemos contribuir para um mundo mais justo e solidário.
Não deixes de assistir a esta inspiradora entrevista.
Quando a violência e o ódio tornam-se instrumentos da política e da moral religiosa, então a democracia é ameaçada por aqueles rasgar o tecido social, punir as diferenças e sabotar os vínculos sociais necessários para sustentar a nossa convivência aqui na terra.
Comments